Caro amigo leitor, seguem alguns dados da pesquisa feita pelo Datafôia. O que foi divulgado no jornal "Fôia Seca" foi apenas a parte mais desinteressante para a sociedade, mas interessantíssima pra quem publicou.
O QUE O JORNAL NÃO DISSE...
Pesquisa nacional Datafolha realizada nos dias 18 e 19 de janeiro de 2012 com 2.575 pessoas em 159 cidades, revela que os brasileiros são a favor da internação compulsória de usuários de crack. Para a maioria (90% dos entrevistados) um adulto dependente da droga deveria ser internado para tratamento, mesmo contra a sua vontade, ante 8% que acham que ele não deveria ser internado caso não queira, têm essa segunda opinião principalmente os mais escolarizados (13%), os mais ricos (16%) e os moradores da região Sul do país (12%).
A maior parte dos entrevistados (95%) também concorda que um dependente de crack que não demonstra capacidade de tomar decisões por conta própria, deve ser internado para tratamento se a família for a favor, 4% acham que, mesmo assim, ele não deveria ser internado e 1% não soube responder. Os números são praticamente idênticos aos resultados de uma terceira situação, em que o dependente de crack que não demonstra capacidade de tomar decisões por conta própria e a família não é localizada para decidir sobre sua internação, neste caso 94% acham que o dependente deveria ser internado, 4% dizem que ele não deveria ser internado e 1% não opinou. Vale ressaltar que nesta última situação, a taxa dos que acham que o dependente de crack não deveria ser internado atinge 10% entre os mais ricos, mais que o dobro da média nacional. Do total de entrevistados, 8% dizem ter em sua família alguém que usa crack atualmente, contra 91% que responderam o contrário e 1% que não respondeu. Pessoalmente, 2% admitem ter feito uso de crack em algum momento da sua vida, mas quando questionados se usam a droga atualmente esse índice cai para zero.
JORNAL "Fôia"E O TEXTO DESTE DOMINGO...
82% dos paulistanos apoiam ação policial na cracolândia
Datafolha mostra que maioria crê que viciados vão se espalhar pela cidade, o que pode ser usado em campanha
O bate-boca entre pré-candidatos do PT e do PSDB à Prefeitura de São Paulo sobre a operação da Polícia Militar na cracolândia não encontra eco entre os eleitores. (bate-boca cara pálida?)
Ouvidos pelo Datafolha na quinta e na sexta, 82% dos paulistanos concordam com a ação da PM para tentar desbaratar o tráfico e o consumo de crack na região central de São Paulo.
Quando questionados que nota atribuem à operação, 72% dão seis ou mais. A nota dez foi citada por 28%.
Entre as pessoas que têm o PT como partido de preferência, 83% concordam com a operação policial. A nota média foi 7,4.
Os tucanos são ainda mais entusiastas: 90% concordam com a forma como a PM agiu e dão uma nota média de 7,9.
Segundo estudiosos, isso reflete a demanda da população por uma polícia mais forte e atuante.
"O paulistano gosta desse tipo de polícia que impõe mais rigor. Mas é necessário que ela seja controlada e transparente, para evitar abusos", afirma o sociólogo Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A ação na cracolândia paulistana, conduzida pelos governos municipal (PSD) e estadual (PSDB), começou no dia 3, menos de um mês depois de o governo federal (PT) lançar seu plano nacional de combate ao crack.
Houve denúncias de que tanto a PM colocada nas ruas de forma apressada quanto o plano federal tinham motivação eleitoral -PT e PSDB, principalmente, gostariam de usar na campanha a bandeira de combate à droga.
Imediatamente, o tema mobilizou os pré-candidatos.
Entre os tucanos, Andrea Matarazzo, secretário estadual de Cultura, afirmou que "o governo do PT consolidou o crack na região central [da cidade]", numa alusão à gestão municipal de Marta Suplicy (2001-2004).
Já Fernando Haddad, pré-candidato petista, disse que a ação da PM foi "desarticulada", "desastrada" e "marcada pela repressão".
Ao menos por enquanto, a cracolândia parece não ter afetado a intenção de votos na cidade. A questão é saber se o tema continuará na agenda eleitoral.
"O uso político da ação na cracolândia vai exigir muito cuidado", afirma o cientista político Fernando Abrucio.
Segundo ele, é claro que num primeiro momento ela favorece o governo estadual.
"A classe média vai aplaudir, porque considera que o problema está sendo enfrentado. Mas quanto tempo dura esse efeito midiático, de uma cracolândia limpa? Além disso, é preciso ver se os viciados não vão se espalhar, o que provocaria um efeito negativo", diz Abrucio.
RESPONSABILIDADE
Os paulistanos estão certos de que irão se espalhar.
Para 82% dos ouvidos, os usuários buscarão a droga em outra região da cidade.
Os entrevistados são também céticos com relação a uma solução definitiva para o problema -57% afirmam que não é possível acabar com o tráfico e o uso de crack na cidade de São Paulo.
Nesse ponto, os tucanos são mais pessimistas: 68% são descrentes.
Mas a maioria, independentemente do partido de preferência, isenta os poderes públicos pelo problema.
Para 24%, os culpados são os próprios usuários.
Os traficantes vêm em segundo lugar (22%).
Depois aparecem o governo estadual (16%), o federal (14%) e a prefeitura (6%).
Deste jeito que foi mostrado no jornal parece que todos ouvidos na pesquisa aprovam o que a polícia e o comado tucano fez. Mas, lendo o que foi omitido ficou claro o cuidado, que a população acredita ser necessário ter, com quem é viciado na droga. Primeiro cuidar. Polícia todo mundo quer, nas ruas para garantir a segurança, seja na Cracolândia ou na avenida Paulista. Agora, violência ninguém quer né? Engoliu essa?

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